Projeto Integrando Gerações: dificuldades e superação!

Continuação...

Algumas dificuldades observadas durante a execução do INTEGRANDO GERAÇÕES e como elas foram e estão sendo superadas

Algumas das dificuldades relacionadas abaixo ainda não foram e também não são facilmente superadas, mas, com grande força de vontade e verdadeiro interesse, busca-se cotidianamente formas de solucioná-las para que a missão, os objetivos e as metas sejam plenamente alcançados.

Entretanto, é necessário estar preparado, com segurança, para extinguir certos preconceitos, paradigmas e mitos que existem e outros que possam aparecer.

Diante disso, esse capítulo vem contribuir no sentido de tornarem conhecidas as principais dificuldades encontradas na fase de implantação do Integrando Gerações, bem como atualmente.

Foram listadas algumas formas encontradas para desenvolver o projeto e a maneira como se tem lidado com a maioria delas e, foram abordadas situações que geralmente passam despercebidas.

Todo início de ano letivo no projeto, é empregado um exaustivo e contínuo trabalho de convencimento, apontando detalhes e fatos corriqueiros que na maioria das vezes não nos damos conta, mas que são partes da vida.

1) Os idosos estarem fora do núcleo de aprendizagem há muito tempo:

A solução adotada para minimizar essa dificuldade foi encontrada, em parte, na metodologia adotada no processo de alfabetização oferecido às crianças da Educação Infantil, reservadas as proporções. O carinho, a atenção, o desbloqueio, o básico, o incentivo a auto-superação têm de ser trabalhados dia a dia, progressiva e continuamente, estimulando-os a desvendar alguns “mistérios”, respondendo a alguns “por quês?”, provocando-os curiosidade e, acima de tudo, ouvindo-os sempre, sanando suas dúvidas e desmistificando medos e suposições.

O “be-a-bá” da informática deve ser trabalhado da forma mais simples possível, evitando-se no primeiro momento utilizar termos linguísticos americanizados. De certa forma desprezando, nesse início, palavras consideradas “muito difíceis”.

2) Insegurança por parte dos idosos diante de máquinas e equipamentos para eles relativamente desconhecidos:

Para essa dificuldade parte-se da lógica de que “Só se aprende mexer, mexendo! É preciso por a mão na massa!”. Tendo curiosidade e força de vontade é possível de se afirmar que pelo menos 50% do caminho, de antemão, já fora percorrido. Lembrar fatos corriqueiros que eles realizam atualmente e, que antes eram considerados de grande dificuldade, como: operacionalizar máquina de lavar, calculadora, máquina de escrever, microondas, videocassete, entre outros. Sendo o computador um equipamento considerado relativamente uma novidade, logo estarão dominando-o também, pois toda máquina tem o mesmo princípio: entrada-transformação/processamento-saída, tudo o que é equipamento, aparelho ou máquina funciona, de maneira geral, dessa forma.

3) Idosos com baixa auto-estima:

Para o autor, os idosos com esse problema são produtos do meio em que vivem e, vivendo num mundo que lhe abre as portas para novas perspectivas, isso fatalmente mudará com o passar do tempo.

Alguns de início sentem-se totalmente incapazes de um dia operacionalizar um computador por diversas razões.

O que acarreta o trauma e o bloqueio é o excesso de “não” que se recebe ao longo da vida: “não pode, não vai conseguir, não é para você, não tem jeito, não é capaz, não isso e não aquilo”.

Procuramos, portanto, fazer o contrário, que eles sejam curiosos e mexam em todos “os botões” que quiserem, enfim, pois é exatamente para isso que eles têm um orientador capacitado do lado, o Monitor de informática, (Leia também sobre o Ofício dos Monitores; Sobre o Monitor-Mor e Como os monitores são selecionados?).

Os monitores contribuem muito para a extirpação dessa barreira, pois naturalmente, irradiam luz e vitalidade, têm determinação, garra, perspicácia, audácia, coragem e capacidade que, são fatores essenciais para se manter uma excelente auto-estima e isso os contagiam no decorrer das aulas, o que mais uma vez, fica provado que o meio traz grande influência ou até mesmo determina o nosso ser diante da vida.

Esse assunto continua na próxima postagem...